Numa visão global a respeito dos meios de comunicação de massa, a teoria funcionalista estuda as funções que tais mídias exercem na sociedade. É uma área de conhecimento que investiga sobre os conflitos que podem ser gerados pelas mídias de massa relativo ao nível de normalidade e necessidade de uma sociedade.
Trata-se de um estudo sociológico no setor de comunicação , principalmente sobre o “mass media” (mídia de massa). A teoria funcionalista estuda o equilíbrio entre indivíduos e veículos e todo o sistema de transmissão de conteúdo englobado.
É funcionalista por tentar entender a função de cada meio comunicativo e a lógica na problemática social. Relativo ao indivíduo considera o nível social da pessoa atingidas por determinada mídia, o prestígio veiculado nessa relação e as possíveis resistências de recepção do que é veiculado.
>>>AS FUNÇÕES DAS COMUNICAÇÕES DE MASSA <<<
Um exemplo claro e explícito da teoria funcionalista dos mass media é constituído por um ensaio de Wright – apresentado em Milão, em 1959, por ocasião do IV Congresso Mundial de Sociologia – com o título Functional Analysis and Mass Communication (Análise funcional e comunicações de massa)
Wright (1974) observa que os quatro tipos de atividades comunicativas por ele indicadas (observação atenta do ambiente, interpretação dos acontecimentos, transmissão cultural e entretenimento) não são sinônimos de funções; estas dizem respeito “às consequências de se desempenhar tais atividades comunicativas mediante os processos institucionalizados de comunicação de massa” (Wright, 1974, 205).
Em relação à sociedade, a difusão da informação desempenha duas funções:
Em relação à sociedade, a difusão da informação desempenha duas funções:
1. perante ameaças e perigos imprevistos,oferece a possibilidade de alertar os cidadãos;
2. fornece os instrumentos para se executar certas atividades quotidianas institucionalizadas na sociedade.
Em relação ao indivíduo, e no que diz respeito à “mera existência” dos meios de comunicação de massa, ou seja, independentemente da sua ordem institucional e organizativa, são indicadas três outras funções:
1. a atribuição de posição social e de prestígio às pessoas e aos grupos que são objeto de atenção por parte dos mass media; estabelece-se um esquema circular de prestígio pelo qual “esta função, que consiste em atribuir uma posição social, entra na atividade social organizada, legitimando certas pessoas, grupos e tendências sociais que recebem o apoio dos meios de comunicação de massa” (Lazarsfeld – Merton, 1948, 82).
2. o reforço do prestígio daqueles que se identificam com a necessidade, e o valor socialmente difundido, de serem cidadãos bem informados.
3. o reforço das normas sociais, isto é, urna função de caráter ético. “A informação dos meios de comunicação social reforça o controlo social nas grandes sociedades urbanas onde o anonimato das cidades enfraqueceu os mecanismos de descoberta e de controlo do comportamento desviante ligados ao contacto informal cara a cara” (Wright, 1960, 102). “É claro que os meios de comunicação de massa servem para confirmar as normas sociais, denunciando os seus desvios à opinião pública” (Lazarsfeld – Merton, 1948, 84).
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