terça-feira, 23 de maio de 2017

Escola de Frankfurt


                     

                    


     Fundada no século XX(ano de 1924) na alemanha, a Escola de Frankfurt que teve como principais fundadores Theodor Adorno, Max Horkheimer, Erich Fromm e Hebert Marcuse, utilizavam o marxismo como ferramenta teórica porém questionavam e repensavam sua prática. A escola de Frankfurt, era um anexo da universidade de Frankfurt na qual estava sob direção de Carl Grünberg até 1930, ano em que assume Max Horkheimer. 





Formada por intelectuais de origem judaica acabou sendo conhecida como "o grupo judeu de Frankfurt". Por conta da perseguição nazista, a maioria teve que migrar para os Estados Unidos durante a ascensão nazista de Hitler. Eles foram responsáveis por espalhar expressões tais como ‘Indústria Cultural’ e ‘Cultura de Massa’.






Adorno e Horkheimer definiram como Indústria Cultural à conversão da cultura em mercadoria, ao processo de subordinação da consciência à racionalidade capitalista, ou seja os meios de comunicação em massa lucram transmitindo bens de cultura nos quais são, filmes, livros, música popular, programas de TV etc. Assim promovendo uma satisfação compensatória e que dura pouco tempo, que agrada aos indivíduos, se impondo à eles, submetendo-os a seu monopólio e transformando em "seres não críticos"(já que seus produtos são adquiridos consensualmente).





Segundo Adorno, os receptores(espectadores) são vítimas dessa indústria, sendo induzidos  a consumir produtos de baixa qualidade, por seguir uma ideologia imposta às pessoas. Com a chegada de Hitler no poder que os meios de comunicação foram constantemente usados como ferramenta ideológica.






Camuflando as forças de classes, a Indústria Cultural apresenta-se como único poder de dominação e difusão de uma cultura que se dispõe a cumprir ordens em forma  submissa. Ela torna-se o guia que orienta os indivíduos em um mundo caótico e que por isso desativa, desarticula, qualquer revolta contra seu sistema. Isso quer dizer que a pseudo felicidade ou satisfação promovida pela Indústria Cultural acaba por desmobilizar ou impedir qualquer mobilização crítica que, de alguma forma, fora o papel principal da arte (como no Renascimento, por exemplo). Ela transforma os indivíduos em seu objeto e não permite a formação de uma autonomia consciente.





Para Adorno e Horkheimer, Indústria Cultural distingue-se de cultura de massa. Esta é oriunda do povo, das suas regionalizações, costumes e sem a pretensão de ser comercializada, enquanto que aquela possui padrões que sempre se repetem com a finalidade de formar uma estética ou percepção comum voltada ao consumismo. E embora a arte clássica, também pudesse ser distinta da popular e da comercial, sua origem não tem uma primeira intenção de ser comercializada e nem surge espontaneamente, mas é trabalhada tecnicamente e possui uma originalidade incomum, depois pode ser padronizada, reproduzida e comercializada segundo os interesses da Indústria Cultural.




segunda-feira, 22 de maio de 2017

Teoria Crítica



O conceito de teoria crítica é usado na filosofia para fazer referência à doutrina desenvolvida pela chamada Escola de Frankfurt, um movimento que teve a sua base no Instituto de Investigação Social da Universidade de Frankfurt am MainEsta instituição, semelhante ao marxismo, foi criada em 1923. Um grupo de pensadores partiu da teoria marxista tradicional e, após de lhe apontar uma série de críticas, desenvolveu um novo corpo teórico, qualificado por alguns autores como marxista.


A primeira geração de cientistas sociais que integrou a Escola de Frankfurt foi composta por um grupo de intelectuais alemães de esquerda, entre os quais figuram: Walter Benjamin, Theodor Adorno, Max Horkheimer e Herbert Marcuse.

Em seu aspecto geral, pode-se afirmar que a Teoria Crítica está baseada numa interpretação ou abordagem materialista - de caráter marxista e multidisciplinar (porque agrega contribuições de várias ciências: sociologia, filosofia, psicologia social e psicanálise) - da sociedade industrial e dos fenômenos sociais contemporâneos. A chamada Revista de Pesquisa Social foi a principal publicação da Escola de Frankfurt.

Esta postura se fortalece, principalmente, com o Nazismo e o Fascismo na Europa. Um dos principais questionamentos se dava no sentido de entender como os indivíduos se tornavam insensíveis à dor do autoritarismo, negando a sua própria condição de indivíduo ativo no corpo social.




Como o Instituto era patrocinado com recursos judeus, além de sua explícita linha marxista de análise, os pesquisadores então se veem obrigados a deixar a Alemanha Nazista, fugidos da perseguição de Hitler. Já nos Estados Unidos, estes pesquisadores acompanham o surgimento do que os funcionalistas chamam de "cultura de massa" com o desenvolvimento de novas tecnologias de comunicação, principalmente o rádio. Os pensadores da Escola de Frankfurt contestam o conceito de Cultura de Massa, no sentido de que ele seria uma maneira "camuflada" de indicar que ela parte das bases sociais e que, portanto, seria produzida pela própria massa.

Ainda nos anos 1940, os pesquisadores de Frankfurt propõem o conceito de indústria cultural em substituição ao conceito de cultura de massa. Pensadores como Adorno e Lazarsfeld chegaram a desenvolver pesquisas em conjunto, buscando aproximar os conceitos do funcionalismo com o da teoria crítica. Entretanto, a proposição de indústria cultural e de cultura de massa estavam distantes demais.


Neste sentido, a teoria crítica visa oferecer um comportamento crítico nos confrontos com a ciência e a cultura, apresentando uma proposta política de reorganização da sociedade, de modo a superar o que eles chamavam de "crise da razão" (nova crítica ao Funcionalismo). Eles entendiam que a razão era o elemento de conformidade e de manutenção, propondo, então, uma reflexão sobre esta racionalidade.

Desta forma, há uma severa crítica à fragmentação da ciência em setores na tentativa de explicar a sociedade. Assim, propõem a dialética como método para entender a sociedade, buscando uma investigação analítica dos fenômenos estudados, relacionando estes fenômenos com as forças sociais que os provocam. Para eles, as disciplinas setoriais desviam a compreensão da sociedade como um todo e, assim, todos ficam submetidos à razão instrumental e acabam por desempenhar uma função de manutenção das normas sociais. A dialética se dá no sentido de entender os fenômenos estruturais da sociedade (como a formação do capitalismo e a industrialização, por exemplo), fazendo uma crítica à economia política, buscando na divisão de classes os elementos para explicar a concepção do contexto social (como o desemprego, o terrorismo, o militarismo, etc.).


 A primeira geração de cientistas sociais pertencentes à Escola de Frankfurt desejava que todo conhecimento social produzido no âmbito do Instituto de Pesquisas Sociais transbordasse para fora do círculo acadêmico, de modo que  pudesse ser utilizado para produzir intervenções práticas na sociedade, com o objetivo de provocar mudanças ou transformações sociais.

O co

Teoria Funcionalista


Numa visão global a respeito dos meios de comunicação de massa, a teoria funcionalista estuda as funções que tais mídias exercem na sociedade. É uma área de conhecimento que investiga sobre os conflitos que podem ser gerados pelas mídias de massa relativo ao nível de normalidade e necessidade de uma sociedade.


Trata-se de um estudo sociológico no setor de comunicação , principalmente sobre o “mass media” (mídia de massa). A teoria funcionalista estuda o equilíbrio entre indivíduos e veículos e todo o sistema de transmissão de conteúdo englobado.

É funcionalista por tentar entender a função de cada meio comunicativo e a lógica na problemática social. Relativo ao indivíduo considera o nível social da pessoa atingidas por determinada mídia, o prestígio veiculado nessa relação e as possíveis resistências de recepção do que é veiculado.







                    >>>AS FUNÇÕES DAS COMUNICAÇÕES DE MASSA <<<


Um exemplo claro e explícito da teoria funcionalista dos mass media é constituído por um ensaio de Wright – apresentado em Milão, em 1959, por ocasião do IV Congresso Mundial de Sociologia – com o título Functional Analysis and Mass Communication (Análise funcional e comunicações de massa)



Wright (1974) observa que os quatro tipos de atividades comunicativas por ele indicadas (observação atenta do ambiente, interpretação dos acontecimentos, transmissão cultural e entretenimento) não são sinônimos de funções; estas dizem respeito “às consequências de se desempenhar tais atividades comunicativas mediante os processos institucionalizados de comunicação de massa” (Wright, 1974, 205).
Em relação à sociedade, a difusão da informação desempenha duas funções:
1. perante ameaças e perigos imprevistos,oferece a possibilidade de alertar os cidadãos;
2. fornece os instrumentos para se executar certas atividades quotidianas institucionalizadas na sociedade.
Em relação ao indivíduo, e no que diz respeito à “mera existência” dos meios de comunicação de massa, ou seja, independentemente da sua ordem institucional e organizativa, são indicadas três outras funções:
1. a atribuição de posição social e de prestígio às pessoas e aos grupos que são objeto de atenção por parte dos mass media; estabelece-se um esquema circular de prestígio pelo qual “esta função, que consiste em atribuir uma posição social, entra na atividade social organizada, legitimando certas pessoas, grupos e tendências sociais que recebem o apoio dos meios de comunicação de massa” (Lazarsfeld – Merton, 1948, 82).
2. o reforço do prestígio daqueles que se identificam com a necessidade, e o valor socialmente difundido, de serem cidadãos bem informados.
3. o reforço das normas sociais, isto é, urna função de caráter ético. “A informação dos meios de comunicação social reforça o controlo social nas grandes sociedades urbanas onde o anonimato das cidades enfraqueceu os mecanismos de descoberta e de controlo do comportamento desviante ligados ao contacto informal cara a cara” (Wright, 1960, 102). “É claro que os meios de comunicação de massa servem para confirmar as normas sociais, denunciando os seus desvios à opinião pública” (Lazarsfeld – Merton, 1948, 84).



domingo, 21 de maio de 2017

ESTUDOS CULTURAIS  


Os estudos culturais, é um campo de pesquisas britânico desenvolvidos no Centre for Contemporary Cultural Studies CCCS no ano de 1964. 




Esse campo de  pesquisas foi desenvolvido diante da alteração dos valores tradicionais da classe operária inglesa. E tem como fundadores Richard Hoggart, Raymond Williams e Edward P. Thompson.





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Richard contribuiu com seu livro nomeado "The uses of Literacy",


que foi uma das fontes dos estudos culturais. A sua pesquisa é direcionada para materiais de estudos culturais, antes desprezados da cultura popular e dos meios de comunicação de massa como rádio e TV. Um texto que se trata da vida cultural trabalhadora inaugura um lugar onde no âmbito popular onde não existe submissão, mas também resistência.

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A contribuição de teoria de Williams também foi fundamental para os estudos culturais, em seu texto chamado "Culture & Society". 




Ele apresenta através de um olhar diferenciado na história literária e nos mostra que cultura é uma categoria chave, que conecta a análise literária com investigação social. Williams contribuiu também para o debate contemporâneo sobre o impacto cultural dos meios massivos.

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Já Thompson através da obra polêmica "The Making of the English Working Class",


 influenciou o desenvolvimento da história social britânica de dentro da tradição marxista, que entendia as classes como um resultado mecânico de sua relação com os meios de produção.

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Outra figura importante, que merece total reconhecimento por ter participado também desses estudos, é o pesquisador jamaicano Stuart Hall, 



ao substituir Hoggart na direção do Centro. Ele incentivou o desenvolvimento da investigação de prática de resistência de culturas e de análise de meios massivos, identificando seu papel principal na direção da sociedade e destravou os debates teóricos políticos em inúmeros projetos coletivos.

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O que vai compor o eixo principal de observação dos estudos culturais são as relações entre a cultura contemporânea e a sociedade. Ele estudavam formas, instituições e práticas culturais. Mas veio alguns grupos que resistiram propostas e lutaram para transparecer sua cultura, assim criando sua própria identidade. Eles estudavam também as mudanças sociais e as relações com a sociedade.









O grupo do CCS amplia o conceito de cultura para que sejam incluídos dois temas adicionais:

1º-  A cultura não é uma entidade monolítica ou homogênea, mas ao contrário, manifesta-se de maneira diferenciada em qualquer formação cultural ou época histórica;


2º-  A cultura não significa simplesmente sabedoria recebida ou experiência ou experiência passiva, mas um grande número de intervenções ativas expressas mais nitidamente através do discurso e da representação, que podem tanto mudar a história quanto transmitir o passado.

Para eles o tema cultura não se refere apenas ao erudita tradicional de elite,


 mas também, aquela cultura que se forma em pequenos grupos que buscam uma representação na sociedade,




 ou seja, uma cultura do povo. Eles construíram uma tendencia importante da crítica cultural, que questiona estabelecimentos de hierarquias entre formas e práticas sociais à partir de oposições como cultura alta, baixa, superior e inferior, entre outros.

A multiplicidade de objetos da investigação, também caracteriza os estudos culturais. As investigações expressam os temas vinculados às culturas populares 

e aos meios de comunicações de massa




 e as temáticas relacionadas com as identidades sexuais de classes éticas, e etc.




Não existem estudos culturais que estudam somente a cultura, pois é necessário também saber as realidades sociais concretas dentro das quais existem e a partir das quais de manifestam.

Os estudos culturais foram essenciais para sociedade, pois eles investigavam diversas questões como as subculturas, que resistiram alguns aspectos dominantes do poder, e os meios de comunicação de massam identidade coletivo, discurso, representação, questões de gênero, raça, etnias e as constituições sociais, dando ao receptor a oportunidade de criar sua própria identidade, demonstrando suas culturas: a cultura do povo, das raças, de ruas, da periferia que buscam representação.






Por fim, podem se dizer que os estudos culturais, nascidos na Inglaterra, hoje atravessam fronteiras, tendo sua repercussão nacional e levando seus temas de estudos para diversos países.



Teoria Hipodérmica e/ou Bala Mágica




Então amigos, no texto abaixo irei falar de uma das Teorias da Comunicação.
As Teorias da Comunicação são estudos acadêmicos que pesquisam os efeitos, origens e funcionamento do fenômeno da Comunicação Social em seus aspectos tecnológicos, sociais, econômicos, políticos e cognitivos. Englobam psicologia, filosofia e sociologia, dependendo do tipo de abordagem e dos objetivos da pesquisa.


TEORIA HIPODÉRMICA ou BALA MÁGICA


A teoria hipodérmica ou teoria da agulha hipodérmica, também chamada e conhecida por teoria da bala mágica, é um modelo da teoria da comunicação que compara uma mensagem a uma injeção de uma "seringa hipodérmica". É como se a mídia injetasse o que eles querem em nossas veias e cérebros, fazendo com que acreditemos e façamos o que eles nos transmitem.








As origens e conceitos desta teoria foram feitos pela Escola Norte-Americana, mais ou menos em 1930, e tinham como principal objetivo buscar uma forma de entender como os meios de comunicação atuavam na mente da população, para aí sim realmente conseguir influenciar o povo de forma correta.




Conforme informei lá no tópico do texto, a teoria hipodérmica também é chamada de teoria da bala mágica, porque os teóricos acreditam que qualquer mensagem transmitida terá uma resposta, sem encontrar nenhuma resistência ou uma espécie de barreira, digamos assim, do receptor. É como se fosse uma arma disparada e perfurando nossa pele sem dificuldade nenhuma.






Porém, a Teoria Hipodérmica é limitada, por ser extremamente simples, considerando a massa de indivíduos receptores completamente homogênea. Nela, todos os indivíduos são pensados como equivalentes e recebem as mensagens da mesma forma.

Não podemos esquecer que a Teoria surgiu no período de guerras, e durante a Segunda

Guerra Mundial vários cientistas foram contratados para estudar a melhor forma de uso, pois os meios de comunicação de massa tiveram papel muito importante, senão o mais no momento de dominar o pensamento da população, temos como exemplo o rádio, usado por Hitler para falar para os indivíduos.










A Comunicação de Massa está em constante mudança. A Teoria Hipodérmica foi o primeiro passo para que se iniciasse o desenvolvimento dos estudos comunicacionais de massa e o primeiro modelo das Teorias da Comunicação que, com o passar do tempo e após muitos estudos de comunicação, foram surgindo outras diversas teorias que não serão citadas por
mim.